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Filme - Sede de Sangue

abril 02, 2010


“Sede de Sangue”, do diretor sul-coreano Park Chan-wook, chega ao Brasil para mostrar que há algo mais no universo vampiresco que adolescentes bonitos sofrendo com uma trilha emo ao fundo – na verdade, o excepcional filme sueco “Deixa Ela Entrar” já havia provado isso no ano passado.

Os espectadores irão se deparar com um filme de vampiro, mas não na concepção que estão acostumados a ver – ponto positivo. O vilão/herói não possui atributos físicos atraentes, não tem charme e muito menos carisma. Em vez de uma mocinha ingênua e sofredora, temos uma mulher sexy e perturbada.



A história gira em torno de um padre (Song Kang-ho, de “O Hospedeiro”), que se torna voluntário de um projeto secreto de desenvolvimento de vacinas, mas durante o experimento é infectado por um vírus e morre. Porém, uma transfusão de sangue recebida antes de sua morte o traz milagrosamente à vida, transformando-o em um vampiro.

Como de praxe no cinema asiático, a fotografia e a edição são primorosas. O roteiro acerta ao usar um certo tom irônico ao retratar a ingenuidade dos personagens e seus conflitos, dosando bem a carga de terror (em algumas cenas, terrir) com resultados curiosos que podem causar estranheza ao público.



O filme possui um lado vibrante, ao mesmo tempo em que se revela sensível. Há elementos de humor, drama e romance, mas que desconstroem o imaginário juvenil sobre os vampiros e fazem de “Sede de Sangue” um filme estranho. Estranho em sua apresentação, estranho no modo de retratar seus personagens e muito estranho no método de condução do roteiro. Por isso mesmo é um filme tão interessante.

Violência, crueldade e sangue – muito sangue – são a marca registrada do diretor da “Trilogia da Vingança” (“Mr. Vingança”, “Lady Vingança” e “Oldboy”). E “Sede de Sangue” não é diferente. A sequência final é de uma beleza quase incontestável, mas o resultado foi ligeiramente prejudicado pela extensa duração da sequência anterior – um festival histérico de sangue que não faria mal se fosse mais comedido.


A arte do pôster original do filme chama a atenção e sugere o teor estranhamente sexy que o filme carrega. Talvez devesse vir acompanhado de alguns avisos como: “Fãs de ‘Crepúsculo’, passem longe”.” Viciados em ‘True Blood’, tomem cuidado”. “Cultuadores de ‘Deixa Ela Entrar’, assumam os riscos”.


Fonte: Pipoca Moderna
Por: Fabríccio Ataide
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