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Cinema - Resenha "O Lobisomem"

fevereiro 18, 2010



Finalmente um filme de terror realmente bom nos cinemas. Estava apreensivo, no começo, achando que a classificação 18 anos era exagerada. Mas o filme revelar ser pesado. Entre tantos filmes sangrentos, O Lobisomem consegue ser extremamente realista, e mostra sem dó os membros arrancados e órgãos rasgados pelo lobisomem. Porém, não cai na mesmice de Jogos Mortais, O Albergue e outros que se limitam a mostrar amputações e se esquecem do suspense e dos sustos. E aqui está um dos pontos fortes d’O Lobisomem, já que nosso amigo lupino ataca rápido e sem aviso, fazendo os desavisados darem saltos da cadeira.


A história se passa no fim do século XIX, onde o ator Lawrence Talbot resolve investigar a morte de seu irmão Ben, morto por um estranho animal. Seguindo as pegadas de seu irmão, ele visita um acampamento de um povo cigano, com quem Ben negociava. Daí vem  uma das cenas mais tensas do filme, pois o homem-lobo resolve atacar, e tal como em Tubarão, vê-se apenas o vulto do monstro e seu rastro de destruição. Não demora muito, Lawrence é mordido e passa a se transformar. A transformação é incrivelmente bem feita, superando centena de outras películas parecidas, estando no patamar de Um Lobisomem Americano em Londres. A partir daí ele passa a procurar pela identidade da fera e escapar de seus perseguidores.

Baseado numa relíquia de 1941, é um remake muito fiel ao original. O Lobisomem de 41 e o atual são quase iguais, com a diferença de que o atual tem acréscimos de computação gráfica. O roteiro sofreu algumas adaptações, mas substancialmente é o mesmo. Aliás, esse O Lobisomem não é nem de longe parecido com os filmes de agora. Ao invés de focinhos alongados, orelhas triangulares, e completamente nus, aqui se tem um lobisomem bem vestido (exceto por manchas de sangue e terra, mas aí era querer demais), orelhas de Dobermann, um focinho pouco saliente, e dentes projetados para frente como um Bulldog. Enfim, numa época que filmes vem abordando os monstros clássicos de diversas maneiras, como múmias chinesas que lutam Kung-Fu, e vampiros de jeito duvidoso “vegetarianos”,  O Lobisomem mostra que dá para se fazer um grande filme de terror sendo fiel às suas origens: um predador selvagem e mortífero, que rasga tudo que parecer apetitoso para ele.


NOTA: 8,5

Por: André (Equipe Virtual Blood)
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