Finalmente um filme de terror realmente bom nos cinemas. Estava apreensivo, no começo, achando que a classificação 18 anos era exagerada. Mas o filme revelar ser pesado. Entre tantos filmes sangrentos, O Lobisomem consegue ser extremamente realista, e mostra sem dó os membros arrancados e órgãos rasgados pelo lobisomem. Porém, não cai na mesmice de Jogos Mortais, O Albergue e outros que se limitam a mostrar amputações e se esquecem do suspense e dos sustos. E aqui está um dos pontos fortes d’O Lobisomem, já que nosso amigo lupino ataca rápido e sem aviso, fazendo os desavisados darem saltos da cadeira.
Baseado numa relíquia de 1941, é um remake muito fiel ao original. O Lobisomem de 41 e o atual são quase iguais, com a diferença de que o atual tem acréscimos de computação gráfica. O roteiro sofreu algumas adaptações, mas substancialmente é o mesmo. Aliás, esse O Lobisomem não é nem de longe parecido com os filmes de agora. Ao invés de focinhos alongados, orelhas triangulares, e completamente nus, aqui se tem um lobisomem bem vestido (exceto por manchas de sangue e terra, mas aí era querer demais), orelhas de Dobermann, um focinho pouco saliente, e dentes projetados para frente como um Bulldog. Enfim, numa época que filmes vem abordando os monstros clássicos de diversas maneiras, como múmias chinesas que lutam Kung-Fu, e vampiros de jeito duvidoso “vegetarianos”, O Lobisomem mostra que dá para se fazer um grande filme de terror sendo fiel às suas origens: um predador selvagem e mortífero, que rasga tudo que parecer apetitoso para ele.
Por: André (Equipe Virtual Blood)